Berlim é uma ciada com muita carga histórica da segunda guerra mundial, e eu acho muito interessante essa parte da história do Nazismo, de Hitler e de como isso tudo pôde acontecer um dia. Tem também a clara divisão em uma mesma cidade entre parte comunista e a parte capitalista marcados pelo muro de Berlim, o que torna Berlim no mínimo interessante. É muita história num só lugar!
Pode ter sido só uma impressão, mas achei os Alemães meio arrogantes e mal educados. Claro que não dá para generalizar, mas os alemães com que tive contato foram assim.
Pelo que aprendi por lá, mas não fazia a menor idéia antes de ir, a parte rica da Alemanha fica em outras cidades grandes como Munique e Frankfurt. Berlim é uma mistura estranha do que sobrou da guerra, do que restou da divisão entre comunismo e capitalismo. O tempo dessa divisão oficial acabou mas os resquícios ainda são muito evidentes e não só na história, mas na vida cotidiana da cidade.
As pessoas que vivem em Berlim continuam a vida como se ainda houvesse a divisão entre a Berlim ocidental e a Oriental. O guia até citou o exemplo: pegue uma das linhas de metrô que cruzam a cidade de forma que passe na parte oriental e ocidental, claramente você vai perceber que as pessoas não cruzam essa barreira e mais, você vai perceber a diferença entre as pessoas de um lado e do outro.
Na parte oriental que foi comunista é mais comum ver pessoas pobres, intelectuais, vestimentas mais tradicionais e as vezes um pouco estanhas, carros antigos, construções mais antigas e simples, já na Berlim ocidental vê-se mais modernidade, ambiente típico de uma grande metrópole, muito mais pessoas falam inglês e muito mais pontos turísticos.
Na região central tem um grande memorial no local onde começou a organização Nazista de Hitler, chamado topografia do terror, com as ruínas dos locais onde as primeiras reuniões nazistas começaram e onde continuaram se reunindo até culminar na guerra. Na parte fechada do memorial tem muito material em postres, fotografias e áudio explicando tudo sobre o período nazista.
Ruínas da sede Nazista |
Um ponto importante é o Check-Point Charlie, que era o ponto de passagem entre as duas partes de Berlim e era o local em que fiscalizavam quem poderia ou não atravessar para a outra parte. Lá tinha dois Homens vestidos de Soldados americanos representando o que um dia foi o posto de fiscalização da fronteira e um pequeno museu.
Carro da alemanha comunista |
Escolhi Gran Hostel Berlim sem ter indicação, o hostel era bom mas por toda a parte dentro dele tinha cartazes dizendo que eles eram o melhor hostel de Berlim (meio estranho essa autopromoção), tudo muito limpo, café da manhã excelente, bons quartos e camas. Porém achei uma atmosfera um pouco mercenária demais, querendo ganhar dinheiro com cada serviço possível, o oposto do que vi nos outros hostels que fiquei na Europa. Por exemplo: cobravam pelo lençol (na reserva em nenhum momento estava escrito que seria cobrado), internet wi fi liberada mas para eu usar o computador da recepção tinha que pagar, café da manhã pago (este estava claro na reserva), caso você avisasse no dia que ia tomar café pagava mais caro do que se avisasse na véspera e um tour até o campo de concentração era pago (ser pago tudo bem, porém depois percebi que nada estava incluído nem a passagem de trem, nem o lanche e o guia na verdade era só um acompanhante para mostrar o caminho e não um guia, tanto que ele ficou do lado de fora do campo de concentração).
Gran Hostel Berlim |
Em algumas partes da cidade ainda há partes que sobraram inteiras do muro de Berlim, deixando claro que ele era um muro estreito e até frágil, a grande dificuldade de cruzá-lo era realmente a fiscalização e intimidação com abordagem violenta, sendo a conduta principal atirar para matar quem tentasse cruzar a fronteira ilegalmente.
Muro de Berlim |
Sinal de rua símbolo da parte Comunista |
O parlamento Alemão é um prédio muito bonito e dizem que é muito interessante a visita guiada, mas esta deve ser agendada previamente pelo site, por isso acabei desistindo.
Parlamento Alemão |
O principal ponto turístico é o Portão de Brandemburgo, que é o símbolo da reunificação da alemanha. E essa região em volta do portão foi onde mais gostei de andar.
Portão de Brandemburgo |
Próximo ao Porão de Brandemburgo fica o memorial do holocausto, um local com muitos paralelepípedos enormes de concreto representando os judeus mortos pelo Nazismo. Esses paralelepípedos de concreto são de tamanhos variados, sendo que nas bordas são mais baixos e no meio do memorial ficam muito altos com mais de 2 metros de altura, e pode-se caminhar entre eles formando um labirinto.
Memorial do Holocausto |
Em Berlim fica o Charlottenburg, que é o antigo palácio real do reino da Prússia, construído para ser o palácio de verão da Rainha Charlotte e acabou sendo sede da família real em alguns momentos da história. O palácio é enorme e hoje é um museu com audioguia que vale muito a pena visitar. Os jardins são muito bonitos também e enormes. Dentro do palácio tem vários salões conservados com móveis originais, capela, coleção de porcelana e coleção de prata que eram utilizados no palácio. Vale muito a pena ir até o palácio conhecer! Uma dica, para poder tirar foto dentro do palácio você paga uma taxa, se não me engano 13 euros, e eles te dão uma pulseira. Se no mesmo dia você for em outro dos palácios de Berlim e região metropolitana que seja administrado pelo mesmo grupo, a pulseira continua valendo. Não me avisaram, resultado, paguei duas vezes porque joguei fora a pulseira (fui no Charlottenburg e no Sanssoucci no mesmo dia).
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